As fortificações abaluartadas se conformavam numa complexa trama de construções defensivas, traçadas por meio de uma geometria perfeita, cujo objetivo básico era permitir somente o passo das forças assaltantes, por uma série de lugares que estavam perfeitamente batidos pelas diferentes bocas de fogo da vaga. Basicamente consistiam num sistema traçado em forma de estrela, onde uma série de lenços de muralllas (cortinas), uniam-se a outros elementos de forma poligonal, chamados baluartes.

O traçado de todo o sistema, dificultava o acesso às vagas asesiadas por meio de fossos e outros obstáculos, que se especificam nesta página, impedíendo em grande parte, o impacto direto da artilharia de lugar e a incursão da cavalaria e infantaria de assalto.

Os baluartes da fortificação estavam unidos por lenços amurallados rectilíeos forrados de pedra e recheados de terra prensada. Estes elementos se conhecem com o nome de cortinas. Para evitar o impacto direto da artilharia, em alguns casos se lhes interpunham médias luas ou lunetas, que a modo de cunhas impediam tanto o impacto direto dos sitiadores, como o acesso destes através dos fossos.

Alguns baluartes se dotavam de orejones num de seus flancos, ao objeto de proteger algum ponto especifico de seus arredores, como pode ser o caso de uma poterna ou saída para as tropas da fortaleza. Era de seção semicircular e as vezes sustentava uma baterista de artilharia.

Um dos elementos característicos da fortificação abaluartada são os chamados “caminhos cobertos”. Os mesmos consistiam numa série de itinerários que estavam situados entre os glacis e a contraescarpa dos fossos. Sua utilidade consistia em permitir o trânsito das tropas pelo perímetro exterior da fortificação e de seus diferentes elementos exteriores. Este movimento de forças se realizava “a talher” já que um muro ou parapeito lhes protegia do fogo das forças sitiadoras. Em determinados trechos, devido aos quiebros geométricos do traçado fortificado, o passo era posto e/ou protegido pelos traveses, muretes que protegiam do tiro “de través”.

São cunhas defensivas, a modo de pequenos baluartes, que se levantavam para defender as portas de uma fortaleza ou as cortinas que uniam os diferentes baluartes. Normalmente eram de pedra e recheadas de terra prensada. Podia alojar num de seus flancos um primeiro acesso ou porta.

Acessos auxiliares situados na parte inferior de cortinas ou caras de um baluarte. São de pequeno tamanho e geralmente estreitas de maneira que possam ser de difícil acesso para o inimigo. Sua função era a de permitir o intercâmbio de tropas e materiais entre os diferentes pontos da fortificação.

Estrutura sobressalentes de um fortificação, situada geralmente nos vértices de um baluarte ou sobre uma porta ou ponto estratégico de vigilância. Podem ser de seção cilíndrica, quadrada ou exagonal.