HORNABEQUE
DA CABEZA DEL PUENTE
A Cabeça de Ponte foi
protegida por um forte triangular, com a gola a fechar a saída da Ponte e
dois pequenos bastiões unidos por uma cortina central. Neste muro foi
aberta uma lacuna já no final do século XX, para dar lugar à estrada que
ligava a cidade à nova estação ferroviária. Originalmente, a ponte de
Palmas tinha fechado o seu acesso direto e foi cortada pelo fosso do forte
e sua cortina. A saída para o exterior foi feita baixando a rampa que
desce para a Puerta de San Vicente, não existem tais que os últimos arcos
da ponte, que são de construção moderna, existam. O exterior do nicho foi
dotado de um fosso que o rodeava, num caminho coberto, duas garitas,
quatro cruzes e um pequeno quadrado de armas. No seu lado norte abre o
portão de São Vicente de onde partiram as estradas para Portugal,
Alburquerque e Campo Maior. Daquele local partiu da estrada coberta com a
comunicação com o forte de San Cristobal, elemento desapareceu
praticamente hoje. |
Este forte,
como o de San Cristobal, nunca foi tomado pelo inimigo em nenhum dos
numerosos ataques e cercos sofridos pela cidade de Badajoz. Nas
vésperas de San Juan do ano de 1658, durante a Guerra da Restauração,
as tropas portuguesas protagonizaram durante a noite um ataque violento
e maciço, conseguindo penetrar nos poços da fortificação. Perante a
situação crítica, a Terceira da Marinha estacionada na praça veio
ajudar a guarnição. À custa de muitas baixas próprias, incluindo as do
Marquês de Lanzarote (governador de Badajoz) e dos vários dos seus
capitães, conseguiram pôr os agressores em fuga. |