Parece que foi Geraldo Sen Pavor quem ganhou estas terras aos árabes, por volta do ano de 1160. Não se sabe se houve alguma força na época, embora tenha sido Alfonso Enriquez quem mandou levantar as defesas primitivas. Desta forma, o repovoamento da zona foi alcançado e a fronteira sul do reino nascente e expansivo de Portugal foi consolidada. Sabe-se que Afonso III lhe concedeu os seus primeiros fueros em 1248 e que anos mais tarde, D. Dinis ordenou a fortificação da população erguendo as muralhas e portões que podemos observar hoje.
Durante o reinado do Sr. João I el Évora Monte e os seus domínios passaram para as mãos do Condestável D. Nuno Alvares Pereira, juntando-se a estas terras mais tarde na Casa de Bragança. Já na Era Moderna, Manuel I promoveu uma nova etapa construtiva nas fortificações, erguendo no centro da colina um castelo italiano de estilo renascentista, já adequado para as novas técnicas de guerra. Um forte terramoto destruiu esta obra em 1531, embora a sua reconstrução tenha sido rápida, uma vez que um ano depois o diretor Teodósio de Bragança ordenou a construção de um novo castelo, construído sob a direção dos irmãos Diego e Francisco de Arruda, engenheiros militares construtores da Torre de Belém, em Lisboa, cujo interior se lembra muito das salas interiores. |
A fortaleza foi construída em pedra de granito, formada num piso quadrangular, em cujos vértices erguem-se torres circulares. Na sua base original são construídos quatro pisos, a partir dos quais as áreas centrais contêm as unidades palacianas e de serviço, e nas torres, abrigam as baterias que abrem o fogo dos troncos orientados para cobrir as diferentes áreas do possível ataque.
As diferentes plantas centrais são baseadas em pilares poderosos, alguns de estilo gótico manuelino e outros renascentistas que suportam os telhados abobadados correspondentes. O telhado ou pátio superior incorpora os respetivos troncos abertos num forte parapeito que rodeia todo o perímetro. O interior desta fortaleza recorda vagamente o da Torre de Belém, em Lisboa., desenhada e erguida pelos irmãos Arruda.
A silhueta das suas pratas superiores é amarrada por cordas de nós, que foram adotadas como elemento simbólico pela Casa Real de Bragança, cuja moeda era "Depois dos vós, nos", em espanhol, "Depois de ti, nós".
Como facto histórico único, note-se que em 1834 os generais Saldanha e Terceira se reuniram com o seu homólogo Lemos na Convenção de Evoramonte, na qual concordaram com a paz na guerra civil entre liberais e absolutistas, conhecidas como guerras liberais. Em 1855 o município foi integrado no de Estremoz e com o tempo a população mudou-se para o núcleo no sopé da colina. |